Arte! SP- Acervo da Pinacoteca do Estado ganha mais uma importante obra A F

Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura,  adquire obra ícone de autoria de Lasar Segall Retrato de Goffredo da Silva Telles, 1927, óleo sobre tela, 95x 76,5 cm para o acervo da Pinacoteca do Estado
 
Pinacoteca do Estado de São Paulo, instituição da Secretaria da Cultura, apresenta a obra Retrato de Goffredo da Silva Telles, de Lasar Segall (1891-1957), a mais recente incorporação ao acervo da Pinacoteca do Estado. Adquirida de uma coleção particular pela Secretaria da Cultura, Retrato de Goffredo da Silva Telles poderá ser vista, em sua primeira apresentação pública, até o dia 19 de fevereiro dentro na exposição Destaques do Acervo. Datada de 1927, a obra referencial de Segall vem somar-se a outros trabalhos do artista que compõ em o acervo do museu, entre eles Emigrantes III que também foi adquirida pelo governo do Estado de São Paulo em 2011.

Retrato de Goffredo da Silva Telles, 1927, óleo sobre tela, 95x 76,5 cm
A Pinacoteca do Estado de São Paulo, instituição da Secretaria da Cultura, apresenta a obra Retrato de Goffredo da Silva Telles, de Lasar Segall, a mais nova aquisição para o acervo da Pinacoteca do Estado, que poderá ser vista, em sua primeira apresentação pública, até o dia 19 de fevereiro dentro na exposição Destaques do Acervo.
Goffredo Teixeira da Silva Telles nasceu no Rio de Janeiro em 17 de abril de 1888, filho do engenheiro Augusto Carlos da Silva Telles e de Eugenia Teixeira Leite da Silva Telles.  Bacharel pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco em 1910, casou-se três anos depois com Carolina Penteado da Silva Telles, filha de Ignácio Penteado, comerciante de café, e de Olivia Guedes Penteado, conhecida incentivadora das artes e com ela teve cinco filhos: Goffredo Jr., Ignácio, Gilberto, Maria Eugenia e Jayme.
Na década de 20, conviveu intensamente com os Modernistas em animadas temporadas na fazenda Santo Antonio, em Araras (SP), de propriedade da família. Lá estiveram, entre outros, Villa-Lobos, Mário de Andrade, Blaise Cendrars, Tarsila, Anita Malfatti, Brecheret, Oswald de Andrade e Lasar Segall.
Goffredo T. da Silva Telles foi poeta e escreveu dois livros: O mar da noite (1915), grande alegoria em versos alexandrinos, sobre as peripécias da última noite de Colombo, a bordo da nau Santa Maria; e A fada nua (1920), coletânea de poemas líricos. Foi membro da Academia Paulista de Letras, desde 1938. Em 1971, seus confrades lhe conferiram o título de Presidente de Honra Vitalício dessa Academia.
Goffredo foi também político. Antes de 1930, pertenceu ao diretório do Partido Republicano Paulista e exerceu, por muitos anos, o cargo de vereador do Município de São Paulo. Por ocasião do movimento popular de 23 de maio de 1932 foi aclamado prefeito, conjuntamente com a proclamação de todos os integrantes do Governo Pedro de Toledo. Como prefeito criou o Parque Ibirapuera.
Com a derrota da Revolução Constitucionalista, em 1932, foi preso e exilado. De volta ao país, manteve-se afastado da política até 1940. Nesse ano, Getúlio Vargas o nomeou presidente do Conselho Administrativo do Estado, permanecendo até 1944. Faleceu aos 92 anos de idade, em 30 de julho de 1980.
 Sobre Lasar Segall
Lasar Segall nasceu na comunidade judaica de Vilna, Lituânia, em 1891, e faleceu em São Paulo, em 1957. Foi um dos mais destacados artistas do modernismo brasileiro. As exposições que realizou em Campinas e São Paulo em 1913, por ocasião de sua primeira visita ao Brasil, são consideradas um marco na divulgação da arte moderna no País. Quando retornou à Alemanha, foi um dos membros fundadores da Secessão de Dresden – Grupo 1919 ao lado de Otto Dix, Otto Lange e outros, participando ativamente do movimento expressionista. Mudou-se para a capital paulista em 1923, quando já era um artista maduro e internacionalmente reconhecido. Logo recebeu visitas de simpatizantes do Modernismo e, em seguida, Mário de Andrade publicou seu primeiro texto sobre o artista, considerando-o um expoente das vanguardas europé ias. Em 1927, Segall naturalizou-se brasileiro, tendo realizado numerosas exposições em São Paulo e no Rio de Janeiro até o final de sua vida.

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